segunda-feira, 16 de abril de 2012

EU DEFENDO A VIDA

Nós mulheres, que amamos nossos filhos a quem jamais queremos impor ou permitir sofrimentos desnecessários, somos nós essas mulheres quem concordamos com a supressão do martírio inútil.
Quem dos que se dizem “defensores da dignidade humana”, de fato, já vivenciou o desespero de acompanhar a “via crucis” de um paciente para o qual a Ciência não encontrou cura, tampouco alívio do padecer dele?
É fácil falar, amparados em conceitos e preceitos abstratos, do tipo: “Eu defendo a vida”
Que vida! A de um ser vegetativo? A de ser um quase rastejante? A vida de quem não pode decidir pelo sossego eterno?
Ah! Não me venham com pseudos sentimentos de humanidade!
O que é mesmo SER HUMANO?
É VEGETAR SOBRE UM LEITO SEM ESPERANÇAS?
É SER OBJETO DE EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS?
É SER ALVO DA COMISERAÇÃO HIPÓCRITA DE MUITOS QUE TORCEM A CARA PARA A CRIANÇA DE RUA, PARA A MULHER POBRE E ABANDONADA PELA FAMÍLIA E PELO ESTADO?
Vamos, deixemos de fazer de conta que somos “bonzinhos” e assumamos o quê somos: PERVERSOS! Assumamos que sentimos um prazer enorme em sacrificar o ente feminino, que viveu sua sexualidade, mas que, infelizmente, gerou um anencéfalo.
“Desgraçada!” Soam as vozes! “Incompetente, que não foi capaz de gerar um ser produtivo, produtor de riquezas, engrossador das fileiras dos que pagam gordos dízimos... Desgraçada! Tua pena será manter e parir com dores terríveis um ser morto para a morte!. Em vez de comprar um berço, você comprará um túmulo e no lugar de enxovais brinquedos para seu projeto fracassado de filho, e você comprará um caixão peo qual o túmulo já o espera antes de vir ao mundo".
Vão-se aos diabos os puritanos e PARABÉNS AO SUPREMO!
Maria Alzenir Alves Rabelo Mendes
Professora Mestre em Letras, Linguagem e Identidade, pela Universidade Federal do Acre;Graduada em Letras, Língua Portuguesa e suas Literaturas (UFAC);  Especilalista em Didática e Docência do Ensino Superior (UNINORTE); A perfeiçoamento em Pesquisa e Literatura e Memória Cultural (UFAC/ PNOPG/CNPq/ CAPES).



ENVIADO por Alzenir Alves Rabelo Mendes em 16 de abril de 2012.

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